24/01/13

Patrimônio Komum

I
Tornei-me um monstro; paranoico, metódico.
O cheiro é demasiado forte, eu mesmo sigo as pistas.
Minha profissão exige respeito; na verdade brinco de empilhar corpos.
Estou no trânsito exercitando a esperteza; colaboro na pachorra das docas até o canal.
No escuro fico confuso; procuro em pequenas mentiras as frases da minha revolução.

II
Onde está minha vida, dentro deste lugar, neste exato momento?
O "deserto da em demasia" mostra as grandes quantidades comportadas; e os monstros do ritmo eternizados dentro da biosfera.
Casas de grande tamanho e várias casas; complexos e galpões amaldiçoados pela burocracia.
O deserto que comporta a cidade é o patrimônio comum; é a culpa do indivíduo K que anda pelas ruas arrastando um pano de manga e um enorme moletom quadrado.

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